Vivemos tempos em que os extremos se acentuam  e não podemos mais ficar em cima do muro como se não fosse assunto nosso.

É claro que é um problema nosso, mais nosso que dos outros, e mais profundo do que possa parecer, porque os  dois extremos fazem parte da nossa natureza.

Sera que esta paixão exagerada por um dos lados não revela algo de nós mesmos ?

Que parte sua o mundo está despertando, e que você rejeita veementemente, projetando nos outros e desqualificando-os ?

A nossa escolha por uma delas não vai matar a outra, como na história dos dois lobos.

Ela vai apenas adormecer um pouco ao ser empurrada para o fundo, mas lá, na obscuridade, ela vai se alimentar dos destroços que o mundo fornece e aos poucos vai ganhar força até voltar a tona com toda energia.

E aí ela vai empurrar a outra para o fundo como fizeram com ela…

E desta forma, essa luta eterna irá continuar como um movimento pendular, até que compreendamos que ambas são válidas e importantes, e fazem parte da nossa natureza.

Então aprenderemos a pacifica-las e usar o melhor de cada uma, e escolher com mais sabedoria e sem paixão, de acordo com as necessidades do momento.

Porque o caminho do meio não é o meio do caminho, mas um ponto acima dos dois extremos, que permite ver com mais clareza.

E aí não existirão mais vencedores e derrotados, mas uma unificação perfeita e harmoniosa de nossas forças, porque os inimigos que tanto combatemos moram no nosso coração.

Teremos então o melhor dos dois mundos e não precisaremos mais de ícones ou arquétipos para nos representar. 

Nosso potencial será grandioso e viveremos uma época de grande  progresso, dando um salto quântico, que nos permitirá enxergar outras dimensões da realidade.

Haveju

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