Diz a ciência quantiqua que o observador altera a coisa observada.
Então quando eu me relaciono com algo ou alguém, de alguma forma eu acrescento ou modifico esta pessoa ou coisa, e da mesma forma sou modificado por ela.
Então se algo novo surgiu a partir do meu relacionamento, esta parte nova sou eu.
É minha essência que foi adicionada, algo de mim que aderiu aquela pessoa ou situação.
Eu me identifico e me reconheço nela, pois revelou algo meu que estava oculto de mim mesmo.
Agora aquilo que estava em mim sem uma definição, foi explicitado e ficou visível, ganhou vida e forma através daquela pessoa, de tal maneira ficaram unidas que eu posso facilmente confundir uma com a outra, a minha parte com a parte que já era dela.
Eu me apego e me identifico então a estas coisas, pessoas, lugares e situações porque elas são partes de mim que ganharam visibilidade.
Eu as amo como a mim mesmo, pois elas são os espelhos que me mostram quem eu sou.
Queremos nos conhecer olhando para dentro, nos isolando do mundo, cuidando de nosso próprio eu, chegando mesmo a uma febre de eu em forma de egoísmo.
Pura tolice, pensar que eu sou este pequeno eu aprisionado.
Eu sou meus relacionamentos, eu sou o fruto de minhas palavras e ações que mudaram as coisas, por menor que seja esta mudança.
Eu sou o filho deste relacionamento duradouro entre algo em mim inconsciente e algo fora de mim que me toca e me chama a atenção.
Eu sou isso, intangível, inesplicavel, indescritível, invisível….
Eu sou o universo se individualizando pela experiência da observação particular dirigida a uma pequena parte do todo
Sou como sou o sol que se relaciona com a flor, a água que se relaciona com a pedra, a lua que se relaciona com as ondas do mar…
Eu sou o infinito se relacionando com a diversidade e criando vida e experiência …
Haveju