Nos costumamos olhar para os problemas e não para os aprendizados e oportunidades que eles nos proporcionam. Uma pessoa ou situação difícil de lidar é uma grande oportunidade para exercitar nosso autodomínio, desenvolver a paciência e tolerância e ao mesmo tempo o nosso amor ao próximo.
Amar quem nos trata bem, quem nos compreende, que concorda plenamente com nossas ideias, ou quem não oferece resistência é algo que não representa nenhum esforço e crescimento mútuo. Mas ter um comportamento digno e bondoso justamente com quem nos irrita e nos tira do serio, aí sim estamos fazendo algo diferente e importante.
Se você escolheu o caminho do crescimento, saiba que ele é estreito e gradual, como se houvessem paredes que lhe imprensam e não lhe dão alternativas a não ser seguir em frente. São como as margens de um rio estreito que contem o fluxo das águas para que sigam o seu curso.
E sempre haverão pessoas e situações difíceis representando estas margens do caminho para nos obrigar a encontrar nossas forças internas.
Os “problemas” precisam ser reconhecidos e respeitados por nós para que possam nos ensinar. Enquanto os vemos como opositores que nos incomodam com suas exigências e que divergem do nosso modo de pensar, que atrapalham a nossa vida e nos tiram do sério, nada poderemos aprender.
Eles podem ser representados por uma pessoa difícil, uma dificuldade financeira, uma doença crônica, uma deficiência qualquer, uma família, filhos, o trabalho, a distância, o isolamento, a solidão e tantos outros.
Precisamos primeiro nos curvar diante deles. Não como quem se rende e entrega ao comodismo, mas como quem os reverencia como mestres que nos ensinam uma dura lição.
Aí eles se transformam em mestres!
Dizem que quando o discípulo está pronto o mestre aparece.
Isso é muito simbólico porque nos mostra que quando mudamos da condição de opositores para aprendizes, nos tornamos discípulos dos nossos desafios pessoais , e subitamente começamos a aprender com eles como se fossem nossos verdadeiros mestres.
Até que por fim nos tornamos seus adeptos, e passamos a compartilhar com os outros aquilo que aprendemos com estas difíceis experiências.
João Sérgio