Podemos observar os ciclos naturais que repetem as experiências, evidenciam as fraquezas, e nos mostram a necessidade de nos renovarmos em busca de níveis de compreensão mais elevados a cada ciclo, exigindo passos firmes e progressivos.
Proponho então que me acompanhem na analise de alguns conceitos básicos das leis naturais, para que sejam degraus de nossa compreensão e fundamentos de nossa razão. Inicialmente analisaremos cada um deles separadamente e aos poucos iremos unindo e formando uma grande teia de compreensão.
Tensão e Relaxamento
Quando puxamos fortemente a corda de um arco, criamos uma força que cresce a medida que o arco se enverga, gerando uma tremenda tensão que pode tanto partir o arco como será capaz de arremessar a flecha a uma velocidade espantosa. Após finalmente soltarmos a flecha, esta recebe toda tensão gerada no arco que se converte em velocidade e força em direção ao seu alvo. Ao mesmo tempo, surge um repentino relaxamento da mão e da corda, como um alivio para a tensão anteriormente gerada.
Isso nos ensina que quando a dor vem, não devemos tencionar ou resistir. O melhor a fazer e deixar a dor se estabelecer ate atingir seu ápice, quando então começa a declinar. Se conseguirmos suporta-la, chegara o momento do alivio e solução da tensão extinguindo a causa. Quando resistimos, pioramos seus efeitos e nos contraímos quando ela fica mais forte, justamente no seu ápice, quando inicia o declínio. Diz a musica de Lulu Santos que “A vida vem em ondas”. Então, se existe o momento do conflito, também haverá o momento do relaxamento. Relaxar faz a gente lidar melhor com a situação de conflito e crise. Por isso o Mestre aconselhou: “Não resistas ao mal”. A resistência na presença da força contrária, neste caso aumenta a tensão e pode levar ao choque ou ruptura.
A mesma ideia poderia ser aplicada a toda situação de conflito e pressão. Se soubermos controlar nossa ansiedade e suportar a situação difícil, mantendo o equilíbrio e controle, nos encheremos de forca para atuar no melhor momento, quando a forca oponente estiver esgotada. O Sábio proverbio aconselha “Descansar na paixão e agir na razão”
O Stress
O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O Stress é fruto de uma elevada tensão mantida sobre um objeto, ou mesmo sobre uma pessoa sem que haja um intervalo de relaxamento. É como se a corda fosse puxada indefinidamente sobrecarregando o arco até que ele se rompa.
O estresse pode ser sentido em diversas situações onde haja ansiedade ou depressão devido à mudança brusca no estilo de vida ou a exposição a um determinado ambiente de esforço interno ou externo, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia.
A Dança dos Opostos
Percebe-se então a importância de saber combinar Tensão e Relaxamento, Ação e reflexão. Ouvir e refletir, aprender e realizar. A mola que se comprime e oprime, quando se solta gera movimento e reação contraria. Percebemos que talvez as tensões de nossa vida sejam molas que agem sobre nós para produzir reação e movimento e nos tirar da confortável inercia. Permanecer na oposição gera tensão crescente e conflito, mas permanecer na inercia gera degradação. É melhor então deixar o oponente esgotar sua força para depois então agirmos.
O Compasso
Um compasso musical é uma forma de dividir quantitativamente em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos. Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o pulso e o ritmo da composição ou de partes dela. Os compassos são divididos na partitura a partir de linhas verticais desenhadas sobre a pauta.
A Frequência
A frequência é uma grandeza física que indica o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas, oscilações etc) em um determinado intervalo de tempo. Podemos medir o tempo decorrido para uma oscilação. Esse tempo em particular recebe o nome de período (T). Desse modo, a frequência é o inverso do período. Por exemplo, se o coração de um bebê recém-nascido bate em uma frequência de 120 vezes por minuto, o seu período (intervalo entre os batimentos) é metade de um segundo.
O Ritmo
Ritmo vem do grego Rhythmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida.As vibrações mais baixas impõem o ritmo das mais altas. Os Instrumentos de percussão determinam o ritmo das musicas porque predominam sobre os demais, assim como atividades rotineiras marcam o ritmo de nossas vidas e controlam o ritmo dos pensamentos e das emoções. Quem estabelece o ritmo esta no controle.
“A repetição dos atos gera o hábito, o habito gera o carácter, e o carácter faz o destino”
O curso do rio segue o compasso e o ritmo da natureza assim como professor em sala estabelece o ritmo do aprendizado e conduz seus alunos entre o relaxamento da reflexão e o exercício da prova.
É a vontade enfim que se fortalece e mantem a força da concentração no seu próprio ritmo. Sem a forca da vontade somos reféns dos outros ritmos e nos estressamos.
Os Marcadores do Ritmo em nosso organismo
O Coração é o marcador principal, aquele que estabelece o ritmo primário. É ele quem estabelece a cadencia do funcionamento do nosso sistema. Os demais ritmos são desdobramentos do ritmo cardíaco e estão em perfeita sintonia com ele.
Enquanto o coração estabelece o ritmo de trocas internas.
O Pulmão trabalha o ritmo de todo o sistema e influencia o ritmo como realizamos nossas trocas externas com o meio. Ambos estão profundamente entrelaçados e a mudança de ritmo em um afeta rapidamente o outro.
Cada um tem o seu Ritmo Pessoal
uma cor, um tom, um frequência, Forças e Limitações. Precisamos reconhecer e respeitar nosso ritmo. Quando Interagimos com o ritmo dos outros e do meio e somos levados ao stress. Precisamos aprender a entrar e sair deste processo e retomar o nosso ritmo.
Ordem
Um Passo de Cada vez, Um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar. Esta parece ser uma das leis importantes do processo de construção das realizações que transcendem os planos das ideias e criam formas que podem ser compartilhadas e compreendidas por todos. A ordem representa um padrão reconhecido por todos e que uma vez estabelecido precisa ser respeitado para que os relacionamentos tenham uma referencia comum. A desordem é a ordem de cada um em conflito, onde cada qual segue seu próprio padrão de ordem. O relacionamento humano exige esta ordenação convencional que seja capaz de proporcionar ampliação de compreensão e entendimento.
Passo a Passo
Existe grande diferença entre marcar passo e o trabalho de construção passo a passo. É como subir uma escada, um degrau de cada vez. O Ato de Subir representa o Sacrifício de dar um salto. É o momento de fazer o esforço, O momento da Tensão. Concentrar toda energia em cada uma das etapas do processo. Um passo de cada vez . Existem passos que devem ser dados antes de outros. É uma questão de Ordem. Se atropelamos as coisas colocamos a carroça na frente dos burros.
As quatro estações
Há um tempo de Preparar a terra, um tempo de Plantar, de cultivar e um tempo de Colher. Tudo do mundo material precisa de um Tempo para ser realizado. Não se pode colher sem plantar, não se pode plantar sem um preparo da terra. A precipitação destrói todo trabalho realizado. Toda construção precisa respeitar o tempo que o ambiente e que cada pessoa necessita para se adaptar ao processo de mudança.
Os Ciclos naturais
Os ciclos são repetições continuas e indefinidas dos ritmos e compassos. Os ciclos repetem todo o processo, como uma maquina em funcionamento continuo. Existem os ciclos pessoais, os ciclos dos outros, e também os relacionamentos entre nossos ciclos e os ciclos dos outros. Além disso existem ainda os ciclos do meio e da natureza, os ciclos universais.
Os ciclos se inserem dentro de outros ciclos maiores. A repetição continua de situações que favorecem ou desfavorecem nossas características pessoais que podem ser habilidades ou fraquezas que serão iluminadas a cada ciclo.
A Transformação
O conhecido é algo estabilizado, uma zona de conforto onde sabemos os resultados e podemos manter nosso modo de ser e agir. Transformação é a mudança da forma, dos hábitos e comportamentos conhecidos, mudança dos ritmos. Temos Medo do Desconhecido, mas ele é a nossa única saída.
Quanto mais tempo permanecemos na zona de conforto maior é a tensão que criamos entre nós o meio e o próprio Universo, que não para de se expandir.
Melhoria Continua
Existe uma tecnica em gestão de projetos, chamada PDCA, que são as siglas em inglês de Plan, Do, Check e Adjustmente, que significam Planejar, Executar, Controlar e ajustar. O PDCA é a essência de todo processo, que nada mais são do que pequenas etapas de uma grande obra. A medida que cada processo é concluído ele é avaliado e melhorado produzindo assim uma melhoria continua em todo o projeto. Os ciclos repetidos da natureza se assemelham muito a ideia do PDCA, que na verdade foi inspirado na natureza. Esta é a essência do conceito de Qualidade total que ganhou vida no Japão e se espalhou pelo mundo gerando os diversos níveis de certificação que hoje são exigidos das grandes corporações.
A Escada em Espiral
Percebam que uma espiral nada mais é que uma escada. O ciclo vicioso se tornou um ciclo virtuoso, onde a cada afinal de ciclo a criatura que percorre este caminho encontra-se um nível acima do ciclo anterior. Como as coisas acontecem gradativamente, as vezes nem nos percebemos das mudanças que aconteceram dentro de nós, mas quando nos deparamos com as mesmas situações e nos damos conta da forma como lidamos com ela, ficamos surpresos como se tivéssemos dado um saldo quântico.
Vamos então fazer uma síntese de tudo o que analisamos até aqui e ligar as ideias de forma a nos trazer compreensão.
Começamos falando das dificuldades humanas em lidar com suas próprias forças internas, mas lembramos dos grandes Seres que se destacaram justamente por terem demonstrado absoluto autocontrole e com isso conseguiram construir obras de grande importância deixando um legado para a sociedade.
Em seguida verificamos que as dificuldades são como tensões que nos afetam e nos tiram o equilíbrio. Na ânsia de nos libertarmos destas tensões, agimos precipitadamente e na maioria das vezes rompemos as cordas dos relacionamentos, gerando conflitos, agressões, depressão, tristeza e toda sorte de problemas que acabam se refletindo na nossa própria saúde física, mental e emocional.
Verificamos também que estas tensões surgem como ondas, nascem de uma causa desconhecida para nós, atingem o seu ápice e depois declinam, mas se não resolvermos suas causas, elas retornam novamente em outro tempo nos pegando desprevenidos, formando ciclos viciosos e ficamos marcando passo. Estes ciclos de ondas consecutivas parecem repetir a natureza, e vimos que tudo tem uma frequência, um compasso e ritmo formando uma ordem que se assemelha muito com a natureza das estações do ano.
Então, se soubermos controlar nosso próprio ritmo e nos ajustar ao ritmo da natureza, poderemos nos fortalecer e nos preparar para enfrentar as dificuldades, surfando nestas ondas, aceitando seus efeitos e plantando novas causas, aguardando o tempo entre o plantio e a colheita.
Mas o que não percebemos ainda é que é que o que acontece do lado de fora nada mais é do que uma expressão daquilo que esta dentro de nós mesmos.
E uma expressão daquilo que somos de fato e que exteriorizamos através de palavras, atos, preferencias, comportamentos. Um é a causa e a outra o efeito. Mas também o que expressamos acaba por ser a causa do que acontece em nosso interior, formando um entrelaçamento perfeito e continuo, onde a causa torna-se o efeito e vice versa.
O que dificulta nossa ligação entre causa e efeito são dois fatores predominantes no mundo da expressão, que são o tempo e o espaço. A mente objetiva não consegue estar ao mesmo tempo em dois lugares ou épocas simultaneamente, e na maioria das vezes, causa e efeitos estão separados por tempo e espaço.
Então precisamos aprender a fazer esta dança e oscilar entre as posições de agente e observador. O agente expressa, o observador busca a essência por traz da expressão. Um é ativo o outro é passivo, mas a consciência deve estar presente em ambos os momentos. Esta alternância precisaria ser feita gradualmente e não abruptamente para que haja um encontro entre ambos os estados.
É muito importante este ponto, porque todos temos dentro dentro de nós estas duas naturezas, representados pela figurar do arquiteto e do operário. O arquiteto é a nossa natureza criativa e sistêmica, que gosta de ver as coisas como um todo como um observador atento, e a partir das observações tem novas ideias para aprimorar a obra. As ideias não param de chegar e uma ideia leva a oura. Já o operário, é a nossa parte disciplinada, capaz de executar uma tarefa passo a passo exatamente como estava nos planos do arquiteto. Enquanto se constrói na o se cria, pois o ato de executar uma tarefa fecha as percepções da mente, focando a atenção na tarefa que esta sendo realizada. Aqui vale lembrar o velho jargão usado pelos patroes, que soa arrogante mas no fundo retrata uma realidade pratica : ” Você não é pago para pensar e sim para fazer”
Mas e quando nós mesmos somos ao mesmo tempo o Arquiteto e o operário, pois temos uma ideia de um trabalho e em seguida precisamos realizar a construção da ideia ? É ai que precisamos aprender a dançar entre os opostos, entrar e sair do projeto harmoniosamente. Se as ideias não vem, saímos para fazer outra coisa, tomamos um café, ou coisa assim e incorporamos novamente o arquiteto, que logo que tem as ideias anota direitinho e volta a ser o operário.
Quem consegue estabelecer esse ritmo pessoal na vida pode escolher o que entra e o que fica fora do seu universo. Então nada poderá mais perturba-lo e roubar sua paz, porque conseguiu o controle do seu ritmo. Você simplesmente reconhece suas limitações e diz: Ainda não estou pronta para isso, não quero isso na minha vida.
Seu mundo vai ficar do tamanho que você pode controlar e sentir seguro, mas você vai se sentir bem. A medida que você desenvolve novas potencialidades e adquire maior controle de si mesmo, você pode ir aceitando novos desafios e vai aumentando aos poucos o tamanho do seu mundo, até que você se torne um Maestro de diversos relacionamentos e ritmos.
O Maestro
A construção é um fato que acontece a medida que se realiza. Não se pode construir nada com antecedência. Podemos conceber um projeto na mente, imaginar cada detalhe da obra, ter tudo bem planejado, mas nada acontece antes da ação e do trabalho. E por melhor que sejam nossos planos, a execução tem sua própria dinâmica. A obra uma vez iniciada ganha seu próprio ritmo e os teóricos se surpreendem quando decidem realiza-la, pois não se pode prever as reações do meio. Se não tomarmos a inciativa e mantemos o ritmo do trabalho, nada se realiza.
Na prática, precisamos entender que não estamos sozinhos e que fazemos parte de uma grande dança com vários parceiros e que o principal deles é o próprio Universo, pois em suma, somos parte de uma grande vida. Talvez se seguirmos o ritmo que nos mostra a natureza poderemos realizar coisas mais perfeitas. Ao plantar a semente, precisamos antes preparar o terreno e escolher uma boa semente. Mas após isso temos que aguardar o universo fazer sua parte, e só então será nossa vez de agir novamente. Assim como nada acontece se não tivermos a iniciativa de plantar a semente, ou seja, tomar uma decisão e fazer alguma coisa, não adianta acreditar que tudo depende apenas de nós.
Se fizermos direitinho as coisas e aguardarmos o tempo certo, em breve virá uma resposta que cobrará uma nova atitude nossa, como em um jogo de frescobol, você joga a bola para o parceiro e fica aguardando ele devolver. Mas se você não sustentar o ritmo, agindo com firmeza na sua vez de jogar e aguardando com paciência quando a bola está com o Universo, o jogo não flui. Ou então se se você se cansar e desviar o olhar, pode ser que a bola retorne e você não estará lá para receber.
Mas se queremos nos inspirar nos ciclos da natureza devemos nos lembrar que após o amadurecimento vem a colheita e a consequente distribuição da safra colhida. Não é comum um agricultor plantar uma única arvore para seu sustento pessoal. Geralmente os frutos da colheita são distribuídos ou comercializados e muitos já estão aguardando estes frutos para o sustento de suas famílias. Portanto, parece claro que este jogo de receber e dar inclui outros participantes e que somos instrumentos do grande sistema natural e à medida que esvaziamos a nossa taça nos preparamos para enche-la de novo, ou seja, ao colhermos os resultados e compartilharmos, deixamos o terreno pronto para uma nova necessidade que nos levará a buscar na fonte natural e começar um novo ciclo. O professor precisa ser um aprendiz para então ensinar o que aprende, o aluno precisa ser sedento de conhecimento para solicitar ao professor uma resposta, que este terá que buscar na fonte do conhecimento, e ao responder, muitas vezes aprende de novo.
E assim, como um maestro ele sustenta os diversos ritmos dando e recebendo, planejando e construindo, despertando o interesse, respondendo e perguntando. Mas como sustentar os ritmos sem sustentar primeiro seu próprio ritmo pessoal?
Penso que o primeiro passo é aprender a controlar os marcadores do ritmo da nossa natureza física, pois é através deles que podemos controlar o ritmo de nossas emoções de nossos pensamentos. Afinal de contas, somos em síntese aquilo que pensamos e sentimos, e se pudermos ter controle sobre isso, teremos domino daquilo que iremos fazer e poderemos empreender uma obra consistente e grandiosa.
O coração é o responsável pelo controle de todo o processo do nosso sistema e o ritmo de suas batidas determina nosso estado físico mental e emocional. Controlar o coração diretamente é mais difícil e de certa forma bastante perigoso para um iniciante.
Mas o pulmão está intimamente ligado ao coração, e temos como controlar o ritmo de nossa respiração, afetando assim todo o sistema.
Sigamos, entre outros Grandes Mestre, os exemplos de Swami Vivekananda.
Bom dia todos!
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Herbert,
Obrigado pela sua participacao.
De fato, Swami Vivekananda, autor de vários livros, entre eles Os quatro caminhos de autorealizacao, foi um dos grandes pensadores que deixaram marcas profundas na sociedade indiana, e que se espalhou aos poucos por todo o mundo. Pela sua história pessoal vemos que ele construiu algo grandioso e construiu a si mesmo. Aquele garoto que se guiava pelos questionamentos concretos exigindo prova de tudo, transformou-se no Homem capaz de penetrar na região onde todas as respostas são dadas, e soube traduzir com palavras simples “na lingua dos homens”
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Prezado João, fiquei com a impressão, a partir do seu texto, que para o autoconhecimento com consequente auto-gestão da obra que se quer deixar aqui na terra, é necessário o controle sobre todos os pontos de vista, de dentro para fora e de fora para dentro. É isso mesmo que você quis dizer?
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Olá Marcia,
Seja bem vinda as nossas reflexões.
Eu acredito que nascemos para ser senhores e não escravos das circunstâncias. Mas isso é uma coisaa que requer algum trabalho e dedicacao. A nossa felicidade é que mesmo enquanto ainda não sabemos nos dominar, o simples fato de mudar nossa atitude diante das coisas já nos faz nos sentirmos mais conectados com a natureza e perceber que todos ao nosso redor tem desafios a vencer. Isso muda nossa postura de críticos severos para a de colabores uns dos outros.
O que acha dessa visão?
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Bom dia João!!!
Penso que o controle severo gera um ser com críticas severas, que tira completamente a espontaneidade, corta o aprendizado na troca social e a conexão com a sabedoria da natureza. Concordo plenamente que quando estamos conectados com a natureza, nos tornamos mais colaborativos, menos críticos, mais amorosos e verdadeiros aprendizes sem a dureza do controle excessivo.
Como diz nosso mestre em comum, precisamos de mais amor e menos rigor nos levando a transformação da escravidão para a servidão no sentido mais amplo da palavra.
E vamos nós no caminho do servir com consciência e amorosidade.
Bjs
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Bom dia!
Tanto na situação de Maestro, ou como de operário, durante o Ritmo do Trabalho, use os MOMENTOS FELIZES já que a FELICIDADE não existe.
Pra quê?
Para que possamos cada um no seu tempo, com seu aprendizado, seja dos seus antepassados ou não, fazer com que os chamados momentos menos felizes, sejam retornados aos momentos felizes o mais rápido possível.
“Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele não quer dizer que ele esteja sujo por completo” – Mahatma Gandhi.
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O que me chamou a atenção numa primeira leitura foi a questão da tensão e do relaxamento.
Num primeiro olhar, comparo as expressões “tensão” com o “fazer a minha parte e “relaxamento” com o “se entregar a Deus ou ao Universo” a parte da qual não dou conta. Observando, portanto, que a tensão e o estresse tem funções muito mais positivas do que conseguimos perceber no primeiro momento.
Com relação ao parágrafo que diz: “ Permanecer na oposição gera tensão crescente e conflito, mas permanecer na inercia gera degradação. É melhor então deixar o oponente esgotar sua força para depois então agirmos. ” Observo o seguinte:
1º.) O oponente pode ser um problema para o qual buscamos solução, uma doença, para a qual desejamos a cura, ou até mesmo um embate com outrem. Neste caso a inércia, o não agir causa uma degradação negativa.
2º.)No caso de um conflito interpessoal, deixar o oponente agir até que suas forças se esgotem, também seria uma inércia, só que positiva, sendo a degradação proveniente desta inércia igualmente positiva, se entendermos que esta degradação poder ser o fim das forças oponentes.
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Helenildes,
ótimas reflexões.
O importante é devolver alguma coisa, tocar a bola e fazer o jogo andar e fazer nossas mentes trabalharem para trazer o esclarecimento que nunca vem de fora.
abs
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Bom dia a todos!
Incrivel Joao, como vc consegue simplificar uma serie de conteúdos interconectados, qdo sobre cada um deles se poderia ficar anos estudando, falando, praticando…
Entendo que, sendo a existência um fenômeno de interconexoes e relações, é uma abordagem verdadeiramente prática e harmoniosa.
Ver de fora pra dentro, de dentro pra fora. Perceber a si e ao outro. Nada mais civilizado, a meu ver.
Relaxar o corpo e perceber qdo é hora de planejar, criar (7, 3, 9) e qdo é hora de botar a “mão na massa” (1, 4), relacionando com sensibilidade (2) e articulando o todo (5, 9, 8) com o particular (1).
Especialmente essa de arquiteto e operário se alternando, pra mim contribuiu na essência! Também a simplicidade como vc abordou a respiração como condutora do estado geral do organismo e o relaxamento muscular como base para a maestria de si.
Compartilho da reflexao da Helenildes sobre tensao e relaxamento! Me lembra a representação do YIN YANG, o que é isso torna-se aquilo…
Sobre as observacoes da Marcia, penso que existem certas palavras que estão em mutação de sentido, pois ja nao atendem a compreensao do ser humano em comunhao com a harmoniosa e sutil realidade maior.
Ao invés de “domínio” e “controle”, que basicamente nao sao ruins nem boas, mas que representam séculos de violência e supremacia sobre povos e seres mais fracos – sintetizando relacoes de poder – e, por conseqüência, tambem impotência -, posso entende-las como MAESTRIA.
Achei interessante qdo a Marcia chamou atencao para o controle rígido, devido a sua formacao voltada para humanidades. Tb achei interessante porque a linguagem que escolhemos VEM DE NÓS e o toque para ultrapassar a rigidez do 4 vem bem a calhar na hora do planejamento, ao mesmo tempo em que essa “firmeza maquinal” é perfeita para arar a terra por exemplo.
Enfim, super mega hiper obrigada por nos trazer esse conteúdo. Sintetizando, me iluminou especialmente a visao dupla, o relaxamento e a delicadeza como sugestão para viver esse processo.
Abs e obrigada!
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Querida Silvia,
Fico feliz que meu empenho em dismistificar os temas e comecta-los com a nossa realidade atual caiu como uma semente em sua mente fértil, que soube traduzi-las em lindas flores. Concordo que podemos ir aos poucos substituído o controle por maestria, como faz um bom cocheiro quando os cavalos se tornam dóceis e obedientes, para que manter as rédeas curtas não é mesmo?
Agradeco muito suas sábias palavras e seus incentivos,
Abs
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João, vou deixar meu comentário, e tenho que dizer que sou sua fã. Pela sua perspicácia, pela sua generosidade em compartilhar seus conhecimentos, em fim pela sua dedicação com os assuntos que servem de aprendizagem para todos nós.Estou em fase de construção(LK 2)
Preciso falar, desculpe se não estiver em alinhamento com o tema.
Quando penso em mudar me reporto ao meu meu interior, vou em busca daquilo que mais me bloqueia a caminhada. Tarefa difícil essa, identificar, assumir e tentar consertar, muitas vezes é preciso se expor, pedir ajuda, dizer ao mundo – ei, estou aqui com esse desafio e não sei por onde começar obra de reforma, qual parede deve ser quebrada, tem que ter cuidado para não abalar a coluna de sustentação para não ruir a construção. E assim temos que tentar,não tem uma planta inteira pronta, está fragmentada. Então vamos juntando os blocos, de vagar com cautela, se possível desenhando cada montagem, aproveitando cada opinião, cada experiência. Mas o meu querer modificar faz toda a diferença.
O autocontrole só é possível com o autoconhecimento, pois é preciso saber a hora de recuar e de avançar, de falar e de silenciar.
Cada ser tem o seu momento. As vezes chega perto da terra, coloca o adubo e não joga a semente, recua não está preparado para o grande florescer.
Pronto falei.
Gratidão.
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Minha querida Rosane,
Muita gratidão a você por ter a coragem de abrir seu coracao e revelar seus desafios pessoais. Lembra do Sermão da Montanha, ele é para você também, que está aos pés do mestre confessando suas dificuldades. Ouça o que ele lhe diz.
Abs
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Caro João,
Gostaria de parabenizar a sua palestra e dizer que as reflexões estão me ajudando bastante na minha caminhada.
Mais uma vez parabéns na capacidade de sintetizar conceitos profundos e complexos numa linguagem simples e de fácil entendimento.
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Bruno,
Agradeco suas sábias palavras e fico muito satisfeito de saber que estamos ajudando em sua caminhada. Desejo que continue cada vez mais firme.
Abs
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Bruno,
Agradeco suas sábias palavras e fico muito satisfeito de saber que estamos ajudando em sua caminhada. Desejo que continue cada vez mais firme.
Abs
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